mulheres
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(Português) Copiei o título do meu texto de um filme de 1985 que me marcou bastante. O copiei porque considero que estejamos vivendo mundialmente o início de um novo ciclo. Em janeiro deste ano enquanto viajava pela Índia fui refletindo sobre como um país tão autêntico e singular ao ponto de ser extremamente característico, podia, ao mesmo tempo, apresentar tantos contrastes. Por um lado, tanta riqueza cultural e por outro, tanta miséria. Tanta sabedoria e ao mesmo tempo, tanta falta de infraestrutura. Tanta amorosidade, delicadeza e doçura e tanta agressividade contra às mulheres e crianças. Tanta tecnologia e ao mesmo tempo, tanta precariedade. Lembro que num dos textos que escrevi sobre minha experiência, disse que a Índia tinha o mundo todo nela. Conhecer a Índia, de certa forma, é conhecer o mundo que criamos, só que sem disfarces. Sem periferias afastadas para que possamos fingir que elas nã
Leia mais(Português) Existe o antigo ditado que diz: “onde se ganha o pão não se come a carne”. Desde que aumentamos enlouquecidamente as horas de trabalho, o pão e carne dividem o mesmo espaço. Não poderia ser diferente: para quem se dedica intensamente a sua carreira profissional, os lugares de maior interação social são, quase na sua maioria de vezes, o ambiente de trabalho e estudos. Ao mesmo tempo, não existe ponto mais cruel do que o sexo e amor para trazer a tona o machismo corporativo.
Leia mais(Português) Logo no início do avanço da Covid-19 em São Paulo, dispensamos nosso braço direito e funcionária do nosso lar para evitar expô-la e nos expor desnecessariamente. Isso fez com que iniciássemos uma rotina – ou pelo menos começássemos a criá-la – de organização e limpeza para evitar acúmulos e sujeiras. Ao mesmo tempo, decidi que iria organizar armários e arquivos. Fazer uma bela limpeza, jogar fora papéis e objetos que não tivessem mais valor. A final, teria mais tempo livre. Ledo engano. Estou trabalhando mais do que antes e meus dias andam bem cheios e cansativos. O que me fez pensar em minha própria atitude perante o meu lar.
Leia mais(Português) Quando converso sobre feminismo com executivas fica nítido para mim o incômodo que causa esse conceito. Vejo que para a maioria existe o desejo de não ser associada a ele especialmente dentro da organização na qual trabalha. Ser vista como feminista é como se escolhesse colocar um chapéu que tenha escrito: problema. E, provavelmente, ela tenha razão.
Leia mais(Português) O sonho de ficar em casa à toa ou fazer home office sem trocar o pijama se concretizou. A pandemia do COVID-19, mais conhecido como Novo Coronavírus, tornou isso realidade. Ao acompanhar o desenrolar do dia a dia dessa pandemia e tomando consciência da gravidade dela, não tenho como evitar pensar em como deverá estar sendo a convivência de casais entre quatro paredes sem opção de fugir ou se distrair.
Leia mais(Português) Em primeiro lugar, devemos entender que o lar é uma centrífuga que se você não cuidar, será consumida inteira, e sobrará de você, somente bagaço. E aqui nem estou ainda falando do bebê e de crianças. Só da casa. Trabalho em casa desde 2008 quando decidi fechar o escritório para ter mais tranquilidade para minhas pesquisas. Ficar em casa é uma constante abertura de visão. Exatamente o contrário ao foco, tão valorizado no ambiente corporativo. Você pode ser organizada – aliás você deve – mas a casa tem vida própria. Você está concentrada quando de repente vê uma enérgica fileira de formigas que organizadas militarmente, estão acabando com as folhas de tuas plantas. Você pode ignorar e depois passar no supermercado de plantas e comprar outra, ou você para tudo e vai lidar com elas.
Leia mais(Português) Quando mais vejo os noticiários mais entendo que é hora da coragem. No último ano quando assisti pasma, machistas se reassumirem por considerarem que o ambiente estava propício para tirarem suas máscaras corporativas de “politicamente corretos”; pensei que tínhamos perdido a luta a favor da equidade de gênero entre mulheres e homens.
Leia mais(Português) Tenho resistido em todos estes anos a tratamentos invasivos para melhorar minha aparência física. Sou daquelas que procuram cuidar da saúde e do corpo com o que for mais natural possível. Assim, evito remédios e tratamentos estéticos que impliquem introduzir no meu corpo, seja oral ou via aplicação, produtos químicos. Faço isso por quatro motivos que considero importantes: o primeiro é que confio na sabedoria da natureza. Não quero diminuir os sinais que ela possa me enviar. Quero estar bem consciente dos ritmos do meu corpo e seus ciclos, como a menstruação, por exemplo. Aprendi a ouvir e perceber meu corpo há décadas e nunca mais deixei de ter essa conexão. Qualquer tipo de remédio ou produto que impeça isso, o considero como um tipo de dopagem. Gosto da lucidez. É um dos meus valores prediletos. Portanto, a quero até na conexão com meu corpo.
Leia mais(Português) Quando ouço mulheres executivas dizerem que nunca perceberam comportamentos machistas em relação a elas no ambiente de trabalho, penso no longo caminho que ainda temos para recorrer contra o machismo.
Leia mais(Português) Quando ouço homens e mulheres sobre suas tentativas para estabelecer uma relação amorosa duradora e feliz, penso como é difícil conseguir um companheiro para toda a vida. Como é difícil ser feliz numa relação a dois. Creio que sempre foi. A diferença é que o desejo de ser feliz não era um objetivo de vida na vida de nossos pais e antepassados. A maioria queria uma vida boa – segura, confortável e estável – mas aceitava as dificuldades como uma realidade quase imutável.
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