Microcosmos
As mulheres têm aprendido sobre sua sexualidade nas duas últimas décadas mais do que em todo o século anterior e isso se deve à informação disponível. A informação pode ser correta, errada, parcial, mesmo assim essas possibilidades trazem um lado benéfico quando analisamos que, em termos de conhecimento, o tema precisa ser discutido. E para ser discutido, o tema precisa estar na mesa do bar, do jantar, no papo com as amigas…. Com a discussão, e a reflexão que costuma vir junto, a informação se transforma
Leia maisVivemos num sistema social no qual, para poder nos relacionar, nos concentramos em bolhas. Cada um tem a sua – é importante entender isso porque os que se consideram mais arejados e abertos mentalmente, acreditam que não vivem em nenhuma –, embora seja comum que de fato, os mais abertos, transitam entre várias delas. A cada ano, mesmo os mais seletivos, estão ampliando sua forma de vida e, boa parte de nós, temos a nossa bolha principal e algumas periféricas que costumam conversar entre si.
Leia maisNos últimos anos tenho ouvido regularmente relatos sobre o trabalho análogo ao escravo no Brasil. Assim como os de violência doméstica, esses relatos têm me ajudando a compreender a realidade social e moral da nossa sociedade. Retirando de mim o véu que evitava que enxergasse que fatos dessa natureza aconteciam não só nos confins deste país desigual.
Leia maisBoa parte de nós, mulheres latinas acima de 40 anos, carregamos a crença de que amar significa, de certa forma, atender e ficar à disposição do nosso amor. Seja talvez, pela noção distorcida de autoridade que algumas mulheres têm em relação aos homens – e por isso o tratam com um certo receio de desobedecer –, ou talvez, seja pela noção de que o homem é um ser com uma certa fragilidade, e portanto, não devemos magoá-los nem contrariá-los. Podemos dizer que, no fim, é comum as mulheres, especialmente as que estão na faixa acima de 40 anos, irem acomodando suas vidas ao redor do seu amor, entanto é incomum o homem fazer o mesmo.
Leia maisTem algumas decisões que tem um cunho moral independente de sua sustentação racional. Manter o emprego de mulheres que voltam da licença maternidade é uma delas. Quando leio matérias ao respeito é comum encontrar nelas dados que apontam um alto índice de demissões após o período legal de impedimento de demissão ou pressão para que as próprias mulheres a peçam. Ao retratar a realidade das mulheres nessas condições, as matérias costumam trazer uma lista de fatores favoráveis para a manutenção delas nas empresas.
Leia maisTenho escrito alguns posts pensando nas mulheres executivas. Neste texto decidi ampliar o foco porque o momento é de reflexão e de fazer escolhas. Tanto no nosso microcosmo como em nossa sociedade. E essa avaliação também recai sobre o lugar ao qual dedicamos nossos esforços profissionais. O lugar de onde obtemos nosso sustento e que contribui fortemente a formatar nossa visão de mundo. Queiramos ou não, as culturas da empresa em que atuamos e o setor ao qual ela pertencer vão nos moldando, mesmo sem percebermos. Por isso a pergunta: como sua empresa atua em períodos confusos, como esse da pandemia Covid-19? Como age com seu público interno – você e seu colegas – e a sociedade? Belo momento para avaliar os valores que de fato regem a sua corporação. Em épocas como a que estamos vivendo, nada fala mais sobre valores e cultura organizacional do que as ações.
Leia maisLogo no início do avanço da Covid-19 em São Paulo, dispensamos nosso braço direito e funcionária do nosso lar para evitar expô-la e nos expor desnecessariamente. Isso fez com que iniciássemos uma rotina – ou pelo menos começássemos a criá-la – de organização e limpeza para evitar acúmulos e sujeiras. Ao mesmo tempo, decidi que iria organizar armários e arquivos. Fazer uma bela limpeza, jogar fora papéis e objetos que não tivessem mais valor. A final, teria mais tempo livre. Ledo engano. Estou trabalhando mais do que antes e meus dias andam bem cheios e cansativos. O que me fez pensar em minha própria atitude perante o meu lar.
Leia maisO sonho de ficar em casa à toa ou fazer home office sem trocar o pijama se concretizou. A pandemia do COVID-19, mais conhecido como Novo Coronavírus, tornou isso realidade. Ao acompanhar o desenrolar do dia a dia dessa pandemia e tomando consciência da gravidade dela, não tenho como evitar pensar em como deverá estar sendo a convivência de casais entre quatro paredes sem opção de fugir ou se distrair.
Leia maisEm primeiro lugar, devemos entender que o lar é uma centrífuga que se você não cuidar, será consumida inteira, e sobrará de você, somente bagaço. E aqui nem estou ainda falando do bebê e de crianças. Só da casa. Trabalho em casa desde 2008 quando decidi fechar o escritório para ter mais tranquilidade para minhas pesquisas. Ficar em casa é uma constante abertura de visão. Exatamente o contrário ao foco, tão valorizado no ambiente corporativo. Você pode ser organizada – aliás você deve – mas a casa tem vida própria. Você está concentrada quando de repente vê uma enérgica fileira de formigas que organizadas militarmente, estão acabando com as folhas de tuas plantas. Você pode ignorar e depois passar no supermercado de plantas e comprar outra, ou você para tudo e vai lidar com elas.
Leia maisO mundo corporativo valoriza a praticidade. Essa valorização foi crescendo na medida que a complexidade dos negócios aumentou, quando a dinâmica da globalização atingiu nosso microcosmo e a busca por lucro aumentou exponencialmente. Precisamos fazer mais com menos. Não dá tempo para se deter em todos os detalhes nem sofrer com as perdas que implica toda escolha (ou se sofrer, aprendemos a que não se torne uma doença na nossa alma). Vamos escolher pelo melhor ou pelo menos pior. Rápido.
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