Que o mundo está atravessando uma grave crise de valores, que o Planeta Terra tem sofrido insistentemente com a indiferença humana e que as empresas estão se direcionando para um posicionamento mercadológico politicamente correto não é mais novidade. Pelo menos para uma população bem informada. O que talvez seja novo são a profundidade e amplitude do movimento de RE-CONEXÃO com o todo que o ser humano está vivenciando.
Após décadas de hedonismo e exaltação da individualidade, movimentos oportunos para a quebra dos aspectos mais engessados do social, como a solidão da alma, tem gerado seres humanos duros, frios, desconfiados e tristes. Não é à toa que a busca pelo autoconhecimento e o caminho espiritual, independente da forma, têm se elevado exponencialmente na última década, quebrando preconceitos e acalentando corações.
O mundo corporativo, que deve sempre se lembrar que é formado por seres humanos, por tanto, é resultado do que somos, tem sido um ambiente promotor da individualidade, da dureza e frieza, do racional soberano distanciando cada vez mais as pessoas que nele fazem parte do emocional, do caminho da lucidez, que somente o saber do Sentir pode oferecer.
O resultado, cada um de nós conhece. O quanto somos plenos e felizes? O quanto estamos em paz? O quanto a gente se orgulha de nós mesmos? Não me refiro ao orgulho gerado pelo reconhecimento do outro. O orgulho ao que me refiro é aquele que a gente sente sozinho perante o espelho. Aquele orgulho que nos nutre que nos faz parar para respirar fundo. Aquele que vem dos valores humanos mais elevados como honra, respeito, verdade e coragem.
É dicotômico como o ser humano que começou ioga, terapia e tem buscado maior contato com a natureza, coloca a gravata, e age distante de si. O despertar da consciência está maior do que as empresas conseguem avaliar. No Sentir, cada executivo sabe que está havendo uma mudança maior do que as pesquisas mostram. Saiba: as mudanças de posicionamento de marca a favor de um mundo melhor terão que se sustentar na sua verdade de propósito. O mercado reconhecerá o que é falso e o que é real. As marcas serão reconhecidas na coerência de seu posicionamento ou na falta dela.
O executivo de valor será aquele que consiga migrar da busca do lucro para a busca pela riqueza, que envolve mais do que o lucro financeiro. Riqueza significa abundância e fartura. As empresas deverão promover a riqueza em todos os aspectos que o mundo corporativo seja capaz de agir e intervir. O executivo tem um papel vital nessa transformação. Para isso o novo executivo precisará utilizar todo o seu background, inteligência, força, obstinação e sabedoria para conduzir e liderar essa transformação. É o desafio do novo milênio. Você já o enxergou?
Saiba que para promover essa transformação, ela deverá ser verdade dentro de cada um de nós. Aceite o desafio e, com humildade, se destaque criando uma gestão diferenciada. Prepare estratégias calcadas em valores mais elevados. Desafie sua equipe a sair do comum e do ordinário, da criatividade que surpreende mas não preenche nem acalanta, e muito menos sustenta o elo com a marca. Promova a criatividade do bem. Traga para sua vida um novo alento: seja um Executivo do Bem. Aumente seu orgulho por você mesmo. Faça sua parte por um mundo melhor. O mundo agradecerá e nós, da Behavior, também.
Nany Bilate é pensadora intuitiva e pesquisadora. Seus estudos e textos são focados na transição de valores e crenças da nossa sociedade. E sua interferência nas identidades feminina e masculina contemporâneas.
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