Nostalgia – substantivo feminino. Melancolia, tristeza causada pela saudade de sua terra. / Saudade do passado, de um lugar etc.





Tive um fim de semana muito gostoso. Nada de especial, mas muito agradável. Por isso ontem, no fim do dia, comecei a me incomodar com uma certa nostalgia que vinha me acompanhando nos últimos dias. Agora o sentimento já estava latente e comecei a buscar a razão para essa sensação. Minha mente insistia em me deixar desconfiada que estava arrependida de alguma decisão que tomei lá atrás. Veja: eu sou daquelas pessoas que vê o mundo com óculos cor de rosa. Meu lema é: tudo está certo no melhor dos mundos. Isso não significa que não tenha cometido erros, muito menos, que seja uma pessoa conformada, mas no fim das contas, na minha balança, está tudo certo.
_ Então que raio de nostalgia é essa que deu para andar ao meu lado?
Pedi licença ao mundo e me retirei para o meu canto de paz. Meditar sempre ajuda, nem que seja para acalmar o coração, que aquela altura já tinha sido atiçado pela mente. Batia feito doido, o coitadinho. Como praticante de yoga que sou (embora me considere uma eterna iniciante no assunto) sei que exercícios de respiração são úteis nessas horas. Foi assim, entre um pranayama e outro, de olhos fechados, que me conectei aos meus outros sentidos: ouvi a gargalhada gostosa do meu filho que se divertia com algum programa de TV, ouvi as folhas de papel do caderno do meu namorido que estudava para um evento, senti o cheiro gostoso do pão que tinha acabado de assar e o inebriante aroma das especiarias da compota de frutas que havia feito pouco antes.  Então meu cachorro (que adora meditar) deu um suspiro profundo, daqueles que só quem consegue acessar a intuição – o sexto sentido – é capaz de dar!  Abri os olhos e lá estava ele, em paz, entregue, em profunda conexão com o universo. Foi então que percebi que tudo o que me faltava naquele momento era agradecer. Me dei conta que deixei de sentir o coração cheio de gratidão. E eu tenho tanto a agradecer!
Fiz isso: agradeci por tudo e, especialmente, pelo sentimento incomodo que me acordou, que me provocou nos últimos dias, que me fez parar e olhar para o meu interior.
Tudo está certo no melhor dos mundos. Até quando não está.