Outro dia me apresentaram um vídeo que explicava as diferenças entre a forma de pensar e agir do homem e da mulher. O raciocínio que o vídeo traça é muito engraçada e basicamente diz que a cabeça do homem é feita de caixas (caixa da família, caixa dos filhos, caixa do dinheiro, etc). Já a cabeça da mulher é um enorme emaranhado de fios, todos conectados entre si, muitos deles, desencapados. 

Depois de muitos exemplos divertidos, ele chega nas duas maiores caixas que o  homem tem na cabeça: a caixa do sexo e a caixa do nada – que é a maior de todas, segundo o vídeo. Como o próprio nome diz, na caixa do nada, não tem nada dentro. É aquele momento em que o homem não está ouvindo nada do que a outra pessoa diz. Muitas vezes a conexão com a caixa do nada é feita na frente da televisão, onde os rapazes vão mudando de canal sem parar em lugar nenhum. Eles estão simplesmente fazendo nada. 

A maioria das mulheres não compreende muito bem essa coisa de não fazer nada e aí, os fios desencapados começam a dar um enorme curto circuito e pronto….está armada a confusão. Piadas a parte, estereótipos também, confesso que enxergo uma certa razão no raciocínio. 

Para não ficar só na relação casal, pensei nos meus irmãos. Não bastasse um, eu tenho três! Eu os amo de paixão, que fique claro. Mas desde pequena me recordo de me queixar para mim mãe que eles não me ouviam. Agora então, que somos adultos, já sei perfeitamente quando eles estão “ligados” no que estou falando e quando não. Já nem insisto mais de querer conversar nos momentos “off”. Tento esperar os momento “on” para conseguir dar conta de todos os assuntos importantes.

Não consigo achar que não há o que se aprender com esta habilidade tão masculina. Claro que os homens têm a aprender com a possibilidade de ser mais “multi sei lá o que” com as mulheres também, mas olhe pelo outro ponto de vista: não seria uma delícia desligar as nossas cabeças tão pensantes de vez em quando? 

Vou falar a verdade: até pagaria por ter uns 15 minutos totalmente off, sem pensar em nada. De novo chegamos ao ponto em que só o equilíbrio e a compreensão mútua nos fará caminhar para frente, mas eu ainda defendo que as mulheres precisam se desarmar um pouco que este caminhar aconteça. 


P.S.: Sei que o que vou falar agora pode soar estranho, mas vou falar assim mesmo. Quem me mostrou este vídeo foi meu companheiro, o Edu. Demos risadas e nos identificamos bastante. Mas eu fiquei pensando que, às vezes, quando eu chego em casa, cansada, também quero uns 15, 20 minutos para ficar em silêncio. Não que eu não pense em nada nestes momentos, mas não quero interagir. No fim das contas, imagino, não somos assim tão diferentes. Não é verdade?