(Português) Num típico domingo londrino de outono conversávamos com um amigo quando a família real surgiu tão naturalmente quanto é falar do tempo nessa cidade. A mais importante e conhecida monarquia mundial veio, primeiro, através da discussão do conceito de propriedade sobre os imóveis que a Inglaterra tem – tinha descoberto no dia anterior, que na prática, quem compra um imóvel na Inglaterra não é dono final do terreno ou da “terra” na qual o imóvel está construído –, e como, no fim de contas, todas as terras pertencem à rainha, seus familiares e, se entendi bem, a algumas poucas famílias aristocráticas. Não sabia que quando falávamos “estamos na terra da rainha”, estávamos sendo tão literais assim.
Leia mais(Português) Quando se chega aos cinquenta anos costumam ter passado por nós alguns bons amores. Dependendo as nossas crenças sobre o amor, eles podem ter sido intensos, leves, complicados, dolorosos ou felizes. As crenças que constroem o nosso sentido de realidade também ditam as nossas escolhas amorosas. Por isso falo e recomendo tanto o autoconhecimento ao ponto de conseguir listar – isso mesmo listar de forma objetiva – nossas crenças sobre os assuntos que regem o nosso sentido de felicidade. Trazer para a consciência é mais de meio caminho andado em direção ao bem-estar tão desejado.
Leia mais(Português) Desde 2011 tenho estudado os homens com mais afinco. Meu interesse cresceu após terminar um longo estudo com as mulheres sobre suas crenças em relação ao feminino e compreender que a construção cultural do que é ser homem e do que é ser mulher – independentemente de sua orientação sexual – é uma dança que no mínimo envolve essas duas identidades.
Leia mais(Português) O que nos motiva para viver um relacionamento amoroso determina nossa escolha. Cada vez mais me convenço que, os relacionamentos que temos – sejam eles do tipo que for – nascem a partir de interesses pessoais. Mesmo os mais inocentes possíveis. Algumas escolhas podem ser conscientes, outras inconscientes, dali a importância do autoconhecimento.
Leia mais(Português) Boa parte de nós, mulheres latinas acima de 40 anos, carregamos a crença de que amar significa, de certa forma, atender e ficar à disposição do nosso amor. Seja talvez, pela noção distorcida de autoridade que algumas mulheres têm em relação aos homens – e por isso o tratam com um certo receio de desobedecer –, ou talvez, seja pela noção de que o homem é um ser com uma certa fragilidade, e portanto, não devemos magoá-los nem contrariá-los. Podemos dizer que, no fim, é comum as mulheres, especialmente as que estão na faixa acima de 40 anos, irem acomodando suas vidas ao redor do seu amor, entanto é incomum o homem fazer o mesmo.
Leia mais(Português) No domingo de Páscoa com o mundo silencioso em função a pandemia da Covid-19, fiquei emotiva. Assisti compenetrada ao concerto do tenor Andrea Bocelli feita na Catedral Duomo em Milão. E pensei. Pensei em todas as famílias separadas por conta do isolamento que não puderam se abraçar nem compartilhar a festa dos ovos de Páscoa. Pensei nas mortes que assolam famílias pelo mundo inteiro. Pensei em famílias que ficaram com o corpo inerte de seu ente querido por dias, até as autoridades poderem ir buscar, dada o volume de mortos. Pensei na imagem que vi do Equador, com as pessoas deixando os corpos na rua porque não há serviço de retirada. Pensei na vala comum que foi criada próximo a Nova York. Pensei nos vulneráveis que nem comida têm, imagina ter sabão e álcool gel. Pensei nos profissionais que estão de cara com a doença todo dia se expondo e expondo suas famílias pelo bem da sociedade. Pensei, meditei e orei. Foi aí que que fiz algo que faço desde pequena quando a situação me dói muito: vou para um futuro imaginário. Intencionando que se torne verdade.
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