(Português) Na época da última eleição presidencial quando a fase de agressividade começou a tomar corpo e extrapolar os limites, pelo menos os meus, da educação e o respeito mútuo necessários para uma convivência em sociedade saudável, como pesquisadora decidi observar os comportamentos e as atitudes. Com o tempo a percepção que eu tive é que independente do que lado que se estava, havia pessoas jorrando raiva e incentivando a manutenção de um campo cheio de agressividade, enquanto outras – a maioria é importante sempre ressaltar – tentavam simplesmente se manifestar, debater e apresentar justificativas aos seus pontos de vista.
Leia mais(Português) Venho refletindo bastante sobre um tema que desejo compartilhar com vocês: minha visão sobre o momento político do país. Quem me acompanha nos textos do blog deve ter reparado que uma das diretrizes é não falar diretamente em política. Tenho dois motivos principais que fundamentam essa decisão: o primeiro se baseia na compreensão que a política é um sistema bastante complexo que a maioria desconhece, independente do grau de instrução. Vira, em muitos casos, uma discussão embasada em suposições sem grandes fundamentos. Como há pessoas realmente entendidas em política que usam essas discussões para esclarecer conceitos e ideias, minha posição é mais de ouvinte e de aprendiz. Vale esclarecer que não considero as discussões ruins, por mais superficiais que elas possam ser. Pelo contrário, creio que é mais uma forma de conhecer sobre política e de compreender a relevância de nosso papel como eleitores – mesmo os que optam por não votar.
Leia maisHá alguns dias ouvi o Ricardo Jung falar sobre o período pós eleitoral. Com sabedoria e conhecimento, ele foi trazendo racionalidade ao momento quase histérico que tomou conta do país nas últimas semanas antes das eleições. Como ele mesmo disse, fomos todos levados a um estado de irracionalidade, onde o medo se tornou latente. Tudo graças às táticas eleitoreiras que tiveram como foco polarizar a discussão. Em ambiente polarizado, argumentos racionais e propostas estruturadas costumam ter menos apelo. Ataques e defesas costumam ser melhor notados.
Leia maisQuando vi a foto da Primeira Ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardem, com seu bebê de 3 meses na Assembleia da ONU tive duas reações quase simultâneas: a primeira, alegria de ver uma mulher que deseja subir na carreira e poder fazê-lo sem ter que ficar longe de seu filho muito tempo, se assim o quiser. A segunda, preocupação sobre o quê os extremistas de plantão, para ambos lados da corda bamba em que nos encontramos, iriam fazer com essa imagem para incendiar mais o ambiente político do país.
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