(Português) O mundo corporativo foi formatado por valores masculinos, brancos e heterossexuais. Acredito que poucos tenham dúvida sobre isso. Era como o poder financeiro e econômico foi se formatando através dos séculos. Foi uma escolha? Sim. Consciente. Acredito que só por uma minoria. A consciência de que vivemos num único sistema social, cultural, geográfico e econômico no qual todos os seres humanos estamos interconectados só está ficando mais claro nos últimos anos. E mesmo assim, poucos conseguem compreender a magnitude disso.
Leia mais(Português) Ao ler o comentário de um leitor no meu texto Homens Irresponsáveis e o Machismo pensei em como a equidade de gênero traz, para um bom número de pessoas, o medo do homem deixar de ser homem (e, logicamente, a mulher deixar de ser mulher). O comentário, que devo dizer achei confuso ao misturar temas e conceitos sem conectá-los claramente, representa, de certa forma, o receio que a equidade de gênero signifique perda de identidade. Não é à toa que o raciocínio, do comentário, seja confuso.
Leia mais(Português) Conversando com um amigo que acabou um casamento de dezesseis anos, pergunte há quanto tempo estava indo mal a relação. A resposta me chamou a atenção: “A relação ia mal. Só que a gente se acostuma e nem sequer se dá conta de que está ruim”. A fala do meu amigo me tocou profundamente numa semana que venho refletindo sobre nossa participação cívica (veja meu último post, “O Silêncio do Cidadão do Bem”). Me fez pensar no quanto a gente se acostuma com as coisas, sem questionar se estão certas ou erradas, se são boas ou ruins, ou, se poderiam ser melhores.
Leia mais(Português) Comentando com uns amigos sobre a última viagem em família que acabamos de realizar, ouvi o comentário: “viagem em família sempre acaba mal”. Creio que essa afirmação faz sentido por alguns motivos: em toda família há mágoas e ressentimentos. Sentimentos gerados, na grande maioria das vezes, pela expectativa de ações que esperamos que os outros façam. Acredito que há muita fantasia – o que considero bom – e ilusão – o que considero ruim – ao redor do significado de família na nossa sociedade.
Leia mais(Português) Quem é mulher, passou dos trinta anos e está num relacionamento sério ou mesmo solteira, deve estar sentindo a pressão social para ter filhos. Construímos, sem dúvida, uma sociedade com fortes traços individualistas. Com tudo de bom e tudo de ruim que isso significa. Um dos pontos positivos dessa sociedade que construímos – e provavelmente um dos motivos pelo qual lutamos por mais individualismo – é focar nossa atenção naquilo que realmente queremos. Nos permite maior liberdade de escolha. O que não impede que carreguemos o peso da cobrança familiar e social para cumprir o ciclo previsto de todo adulto: casar e ter filhos. De preferência, nessa ordem.
Leia mais(Português) Perguntar como vão os sonhos ao brasileiro, mesmo em época de crise, ajuda a compreender como veem o futuro e quais valores os estão guiando. Entra crise, sai crise, o que continua imbatível é o desejo por liberdade. Em época de crise, o sonho pela liberdade, vira uma queixa constante pela percepção da falta. Em época de bonança, parece ser o sonho que guia o futuro.
Leia mais(Português) Este texto é, de certa forma, uma continuação do texto “Por que não fazemos a mudança que nossa alma deseja?” e quem sabe, um guia para quem quer continuar compreendendo mais de si e de seu entorno. Acredito que esta sequência não planejada, que nasceu da observação dos Movimentos Humanos desde que escrevi o primeiro texto, há dois anos, pode contribuir com o entendimento para responder a mesma pergunta.
Leia mais(Português) Fala-se muito em narrativa hoje em dia. Palavra técnica, que como muitas, caiu na fala coloquial de pessoas que se interessam pelo entendimento do comportamento social. Fundamental o entendimento do que é uma narrativa, para aumentar nossa capacidade de discernimento sobre os fatos.
Leia mais(Português) Quando estive em San Francisco em 2017 tive a sorte de ver uma das melhores exposições – pelo conteúdo, experiência proporcionada e storytelling – que vi nos últimos anos. Summer of Love Experience: Art, Fashion and Rock and Roll me tocou profundamente e fez rever minha visão sobre os chamados hippies da década de 60.
Leia mais(Português) Difícil falar sobre o que significa a morte da vereadora Marielle Franco do Rio de Janeiro. Difícil porque para compreender tudo o que essa morte representa precisamos ter uma clara visão sistêmica do momento da sociedade e como o poder opera.
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