Poderia dizer que o tema da semana está atrasado, já que postamos apenas na sexta-feira passada, mas prefiro dizer que estamos adiantados, pois o assunto é o olhar positivo, o otimismo como antídoto ao pessimismo e assim será durante toda a semana que se inicia.
Não vou negar: a inspiração para falar a respeito do assunto, apareceu especialmente porque esta semana começa a Copa do Mundo da FIFA 2014 e isso vem gerando polêmicas entre os pós e contras, especialmente sobre a capacidade do Brasil de sediar um evento deste nível.
Eu gosto de futebol. Sou patriota e adoro me emocionar cantando o hino, vendo as pessoas fazendo festa. Me emociono com os comerciais bonitos que os patrocinadores preparam para o evento. Gosto de ver o encontro de pessoas do mundo todo, festejando em harmonia. Piegas? Dirão os mais críticos, céticos e pessimistas de plantão que sim, isso tudo é piegas. Eu mesma, que fazia o tipo intelectual, passei muitos anos escondendo este meu lado. Mas hoje eu não tenho vergonha disso. Pelo contrário: não importa o que o outro acha. Importa a sensação boa que tenho ao ser patriota, torcedora e emotiva.
Mas não vou negar: preferia que a Copa fosse em outro país, pois a minha opinião é que este tipo de evento é para aqueles países que já resolveram seus problemas básicos e podem gastar dinheiro com eventos esportivos bem organizados e que tudo funciona perfeitamente bem. Sei que as chances disso acontecer aqui, são menores e os reflexos já começam a aparecer.
Mas já que vai ser aqui…então vamos lá. Sejamos positivos, torcedores e empolgados. Vejo bandeiras aparecendo aos poucos. As ruas estão sendo decoradas, os carros enfeitados de verde e amarelo. Tudo, ainda, bem devagar. Mais do que em outras copas. São os mais otimistas e animados que começam a puxar a torcida e acredito que o sentimento das pessoas seja bem parecido com o meu: torcer ou não torcer, eis a questão. Isso explica a “timidez” e demora do povo em se manifestar. Mas como disse o jornalista Antonio Prata, na sua coluna da Folha de São Paulo na semana passada: “Torcer contra a Copa é como demorar no banho para derrubar o Alckmin”.
Estou usando o assunto mais quente dos últimos dias e que vai pegar fogo até a próxima quinta-feira, mas ele não difere de outros assuntos da nossa vida. Tudo é uma questão de escolha de como iremos nos posicionar diante das situações que temos que encarar: vamos ser “do contra”, agir com pessimismo, mau humor, olhando pelo pior ângulo ou vamos procurar encontrar o melhor, a oportunidade, o positivo?
Vendo assim, de fora, parece óbvia a melhor opção.
Rua Rocha, no tradicional bairro do Bixiga, em São Paulo, sendo decorada ontem por um grupo animado de torcedores |
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