(Português) As acusações trazidas a tona sobre o médium João de Deus no fim do ano me chocaram pela gravidade: abuso sexual de mulheres e de crianças. Gravíssimo. A parte do enriquecimento não me surpreendeu por ter percebido, a única vez que estive por lá, o foco que tinha no dinheiro, toda a organização em torno do médium. A espiritualidade, como eu a conheço, está para servir e menos, bem menos, para receber. Entendo que precise sobreviver, e para isso precise de fundos.
Leia mais(Português) Gosto do que é real. Talvez por ter vindo de uma família que gostava da fantasia, e em alguns casos, da ilusão. Como contraponto sempre apontava o que era irreal. Claro que isso gerava desconforto. Para quem gosta de caminhar pelas sendas da ilusão, alguém que traga a realidade é incômodo. Chato.
Leia mais(Português) Esses dias recebi um elogio que me fez feliz e, claro, me fez pensar sobre a lógica que eu tenho sobre a beleza. Meu marido e eu estávamos falando sobre idade – nossas – e seus reflexos nas nossas vidas. Este tema tem nos circundado nos últimos anos, desde que chegamos à década de 50. Modificações claras e visíveis aconteceram rapidamente. Ambos somos cuidadosos com o físico e nossa aparência. E optamos em fazer isso da forma mais natural possível. Nessa escolha, o corpo vai mostrando, gradativamente, o que é ficar mais velho sem grandes artificialidades.
Leia mais(Português) Quando estive em San Francisco em 2017 tive a sorte de ver uma das melhores exposições – pelo conteúdo, experiência proporcionada e storytelling – que vi nos últimos anos. Summer of Love Experience: Art, Fashion and Rock and Roll me tocou profundamente e fez rever minha visão sobre os chamados hippies da década de 60.
Leia maisTem coisas que não se explicam. Elas acontecem na vida da gente e simplesmente agradecemos. Foi assim com a Carmen, que eu batizei de Carmencita logo que a conheci. Ela entrou na minha vida há pelo menos vinte e seis anos, numa simples reunião de jovens empreendedores em Curitiba. Lembro da presença dela. Lembro do olhar tímido apesar do sorriso largo. Lembro da sua beleza. Ela estava ali, querendo não estar. Carmencita nunca gostou do networking pelo networking. Ela realmente se importava com as pessoas. E com isso, conquistava amigos e negócios.
Leia maisQuando vi a foto da Primeira Ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardem, com seu bebê de 3 meses na Assembleia da ONU tive duas reações quase simultâneas: a primeira, alegria de ver uma mulher que deseja subir na carreira e poder fazê-lo sem ter que ficar longe de seu filho muito tempo, se assim o quiser. A segunda, preocupação sobre o quê os extremistas de plantão, para ambos lados da corda bamba em que nos encontramos, iriam fazer com essa imagem para incendiar mais o ambiente político do país.
Leia mais(Português) Dizem que quem mora no litoral é encantado pelos cantos das sereias do mar. Essa pode ser uma das explicações para o torpor do Rio do Janeiro. Uma cidade que sai da euforia para a depressão com facilidade surpreendente. Difícil encontrar o Rio sereno, equânime, lúcido. Nessa gangorra emocional as melhores e as piores coisas costumam acontecer por lá.
Leia maisLembro de um amigo me contando uma recente viagem que ele fez com uma pessoa com quem estava saindo. Era uma relação que vinha acontecendo há alguns meses. Sem grandes compromissos assumidos, a relação se mantinha em grande parte devido à utilidade que tinha para meu amigo. Morando fora de São Paulo e vindo para a cidade semanalmente, a relação fazia com que sua estadia fosse menos solitária. Especialmente nas noites que não arranjava companhia melhor.
Leia mais(Português) Acompanhei, bastante apreensiva, devo confessar, o desenrolar do caso dos 12 meninos presos numa caverna com seu treinador na Tailândia. Logo que vi a foto dos meninos sentados calmamente esperando, após nove dias desaparecidos, num local úmido, escuro, frio, com alimento e água para poucos dias a mais, pensei na grande diferença entre o Oriente e o Ocidente.
Leia mais(Português) Anos atrás, quando ia abrir a behavior, conversei com algumas pessoas e recebi vários conselhos valiosos. Um deles tratava sobre a diversidade, que na época nem era conhecida com esse nome. Meu sonho era ter gente jovem antenada e com as características que, na época, representavam evolução: bilíngues no mínimo, viajados de preferência com um período de mochila nas costas e conectados com aquilo que havia de mais moderno nesses tempos: computador e acesso a e-mails.
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