(Português) O que nos motiva para viver um relacionamento amoroso determina nossa escolha. Cada vez mais me convenço que, os relacionamentos que temos – sejam eles do tipo que for – nascem a partir de interesses pessoais. Mesmo os mais inocentes possíveis. Algumas escolhas podem ser conscientes, outras inconscientes, dali a importância do autoconhecimento.
Leia mais(Português) Ao longo dos meus anos de observar o comportamento da sociedade fui entendendo que existem comportamentos transversais à idade, gênero e classe econômica e com os quais vou agrupando pessoas. Esses agrupamentos me ajudaram a compreender que, embora os ambientes, a cultura local e os valores familiares influenciam profundamente a visão de mundo das pessoas, há também um espaço onde o livre arbítrio se manifesta. Esse é o espaço onde a nossa liberdade melhor opera. A liberdade de ser, que mesmo com toda a restrição oriunda de vivermos em sociedade, nos permite escolhas.
Leia mais(Português) Como é bom namorar, não é mesmo? Quando estamos no início do relacionamento ou ainda na fase da conquista, ficamos nervosos, ansiosos, meio que em estado permanente de atenção sobre tudo que se relaciona à pessoa que cativou o nosso interesse. Caprichamos em ser o nosso melhor, temos o riso solto e o corpo tenso. Ficamos alguns tons acima de nossa verdadeira melodia na busca por uma harmonia a dois que nos leve ao sonho do amor perfeito, mesmo que temporário.
Leia mais(Português) Boa parte de nós, mulheres latinas acima de 40 anos, carregamos a crença de que amar significa, de certa forma, atender e ficar à disposição do nosso amor. Seja talvez, pela noção distorcida de autoridade que algumas mulheres têm em relação aos homens – e por isso o tratam com um certo receio de desobedecer –, ou talvez, seja pela noção de que o homem é um ser com uma certa fragilidade, e portanto, não devemos magoá-los nem contrariá-los. Podemos dizer que, no fim, é comum as mulheres, especialmente as que estão na faixa acima de 40 anos, irem acomodando suas vidas ao redor do seu amor, entanto é incomum o homem fazer o mesmo.
Leia mais(Português) Na época da última eleição presidencial quando a fase de agressividade começou a tomar corpo e extrapolar os limites, pelo menos os meus, da educação e o respeito mútuo necessários para uma convivência em sociedade saudável, como pesquisadora decidi observar os comportamentos e as atitudes. Com o tempo a percepção que eu tive é que independente do que lado que se estava, havia pessoas jorrando raiva e incentivando a manutenção de um campo cheio de agressividade, enquanto outras – a maioria é importante sempre ressaltar – tentavam simplesmente se manifestar, debater e apresentar justificativas aos seus pontos de vista.
Leia mais(Português) Venho refletindo bastante sobre um tema que desejo compartilhar com vocês: minha visão sobre o momento político do país. Quem me acompanha nos textos do blog deve ter reparado que uma das diretrizes é não falar diretamente em política. Tenho dois motivos principais que fundamentam essa decisão: o primeiro se baseia na compreensão que a política é um sistema bastante complexo que a maioria desconhece, independente do grau de instrução. Vira, em muitos casos, uma discussão embasada em suposições sem grandes fundamentos. Como há pessoas realmente entendidas em política que usam essas discussões para esclarecer conceitos e ideias, minha posição é mais de ouvinte e de aprendiz. Vale esclarecer que não considero as discussões ruins, por mais superficiais que elas possam ser. Pelo contrário, creio que é mais uma forma de conhecer sobre política e de compreender a relevância de nosso papel como eleitores – mesmo os que optam por não votar.
Leia mais(Português) Tem algumas decisões que tem um cunho moral independente de sua sustentação racional. Manter o emprego de mulheres que voltam da licença maternidade é uma delas. Quando leio matérias ao respeito é comum encontrar nelas dados que apontam um alto índice de demissões após o período legal de impedimento de demissão ou pressão para que as próprias mulheres a peçam. Ao retratar a realidade das mulheres nessas condições, as matérias costumam trazer uma lista de fatores favoráveis para a manutenção delas nas empresas.
Leia mais19 may 2020(Português) É possível ser livre num relacionamento amoroso sem independência financeira?
(Português) Há uma década vi crescer o discurso – e comportamento – de casais em relação a mulher parar de trabalhar para se dedicar exclusivamente à criação dos filhos. Esse movimento partia da ideia de que os filhos criados pelas próprias mães seriam melhor criados. Lembro inclusive ter ouvido de uma entrevistada cheia de orgulho que tinha a responsabilidade de criar “o futuro da humanidade”. As estatísticas mostram claramente que, especialmente nas classes econômicas mais baixas da população, quando a mãe está por perto, a criança tem melhor saúde e diminui o perigo de abusos sexuais. Mesmo com toda essa informação fiquei preocupada com esse movimento.
Leia mais(Português) Nestes tempos de isolamento devido à pandemia da Covid-19 tenho observado as pessoas através da artificialidade das redes sociais e de ligações com vídeo, e o que noto é que tem se acentuado comportamentos que não considero normais. Essa primeira conclusão me levou para dois caminhos: o primeiro trata dos efeitos que a reclusão e o medo da morte e/ou da dificuldade financeira – sejam ambas verdadeiras ou não – podem causar na mente humana. O segundo caminho foi aprofundar no que eu entendia por normalidade para poder confirmar se minha primeira impressão – as pessoas estão agindo com desequilíbrio psicológico – fazia sentido. Foi nesse momento que entendi que, talvez, o conceito de normalidade que eu utilizada coloquialmente, estivesse equivocado.
Leia mais(Português) A resposta é sim. A sororidade vem acontecendo há tempos – muito antes dessa palavra se tornar conhecida – e tem se consolidado, especialmente, no âmbito pessoal. Lógico que com a desigualdade social e cultural gritante do Brasil, existem grupos que oferecem resistência ou nem sabem o que significa. Mesmo assim, acredito que nada poderá impedir o avanço da sororidade na nossa sociedade nessa década. O volume de mulheres que compreendeu que é possível haver amizade profunda, lealdade e suporte emocional entre elas, afasta as velhas ideias sobre os traços de comportamento feminino – tais como “mulher inveja mulher” ou “homem trai por culpa da mulher”– que induzem à crença da rivalidade feminina como algo “natural” e inevitável. As mulheres – e homens – vêm entendendo que esses comportamentos estão mais conectados ao caráter humano do que ao gênero.
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