(Português) Tenho resistido em todos estes anos a tratamentos invasivos para melhorar minha aparência física. Sou daquelas que procuram cuidar da saúde e do corpo com o que for mais natural possível. Assim, evito remédios e tratamentos estéticos que impliquem introduzir no meu corpo, seja oral ou via aplicação, produtos químicos. Faço isso por quatro motivos que considero importantes: o primeiro é que confio na sabedoria da natureza. Não quero diminuir os sinais que ela possa me enviar. Quero estar bem consciente dos ritmos do meu corpo e seus ciclos, como a menstruação, por exemplo. Aprendi a ouvir e perceber meu corpo há décadas e nunca mais deixei de ter essa conexão. Qualquer tipo de remédio ou produto que impeça isso, o considero como um tipo de dopagem. Gosto da lucidez. É um dos meus valores prediletos. Portanto, a quero até na conexão com meu corpo.
Leia mais(Português) Esses dias recebi um elogio que me fez feliz e, claro, me fez pensar sobre a lógica que eu tenho sobre a beleza. Meu marido e eu estávamos falando sobre idade – nossas – e seus reflexos nas nossas vidas. Este tema tem nos circundado nos últimos anos, desde que chegamos à década de 50. Modificações claras e visíveis aconteceram rapidamente. Ambos somos cuidadosos com o físico e nossa aparência. E optamos em fazer isso da forma mais natural possível. Nessa escolha, o corpo vai mostrando, gradativamente, o que é ficar mais velho sem grandes artificialidades.
Leia mais(Português) A busca pela beleza e magreza pode tornar-se, só para dar um exemplo, mais um checklist a ‘ter’ que cumprir, na vida de quem tem «mil e uma obrigações», e que não vive o ‘discurso igualitário’ na vida real.
Leia mais(Português) Perguntamos às nossas entrevistadas o que desejariam ganhar num passe de mágica e as escolhas foram quase unânimes: melhorar a aparência física, ter mais dinheiro e mais prazer sexual. Fica claro, num primeiro momento, que o sonho geral é ser uma mulher poderosa, dona de si e do mundo. Bonita e gostosa, com ampla liberdade para a busca de seu prazer sexual e exercer, sem culpas, o jogo da conquista. Tudo isto, claro, sustentado por um poder de consumo infinito.
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