A semana passada falamos sobre o excesso de consumo e como se contrapõe ao estado de liberdade. Pois, as boas novas é que alguns de nós estamos tomando a rota do menor consumo. Colocando valor em si e sua experiência de vida e menos no que tem para ver e mostrar. É o grupo que faz parte do poder para (leia mais no Movimentos Humanos Poder Isonômico). É um grupo que anos atrás, nas nossas pesquisas, já verbalizava o desejo de mudança de valores no que se refere ao ter, mas que ainda, ficava mais no discurso idealizado,muito em parte porque o ter menos estava intrinsicamente associado a uma vida simplória.
Mas não é que esse conceito se refinou? Hoje esse segmento – que consideramos está se expandindo – vem aprendendo a administrar seu dinheiro e seus desejos. Sabe aquele colega que não troca de carro há 5 anos e anda com o celular com a tela quebrada? Pois não é que você o vê no Facebook viajando pela Asia e não necessariamente de mochila!
Sabe aquela amiga que usa menos roupas da moda e de marca – você até considera que ela empobreceu – e de repente ela vai morar um ano em Londres (a 6 reais a libra!) e ainda tem poupança para voltar e ficar um tempo para buscar emprego sem aflição? Tudo calculado e com bom controle. Sem loucura e grandes riscos.
Pois então, talvez eles tenham tanto dinheiro quanto você e eu mas a diferença é que para eles o dinheiro serve para alimentar a liberdade. Muitos dos que ouvi possuem um bom plano de saúde, pagam aposentadoria mensalmente, mas simplesmente diminuiram consideravelmente aquilo que consideram supérfluos: roupa, carro, eletrodomésticos e eletrônicos. Ou seja, muito dos ícones que consideramos status no poder sobre.
Eles entenderam que a liberdade é um dos bens que mais lhes importa preservar e praticar. Liberdade para ir e voltar, para ser, para experimentar, para errar e acertar. Mas não querem passar sufoco nem viver no desconforto dos mochileiros de antigamente. Não ficam em hotéis butique todo o tempo mas se permitem passar o final de semana num.
Suas viagens costumam unir o útil ao agradávvel, trazendo na bagagem aprendizados que os tornam profissionais desejáveis para empresas que querem pessoas arejadas e com um tipo de backgroud que as universidades não ensinam. E não se engane, não estou falando de jovens, filhos de pais aos quais podem recorrer se algo der errado. Estou falando de pessoa entre 30 a 45 anos donos de suas vidas e responsáveis pelo seu próprio futuro. Na behavior os chamamos informalmente da turma dos livremente refinados.
São aqueles que escolhem muito bem e com refinamento, onde, quando e com que gastar, sem culpa, sem aflição – porque gastou ou porque não gastou – e sem tanto medo do futuro. Se identificou? Escreva para nós e conte sua experiência.
Nany Bilate é pensadora intuitiva e pesquisadora. Seus estudos e textos são focados na transição de valores e crenças da nossa sociedade. E sua interferência nas identidades feminina e masculina contemporâneas.
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