Meus quase 27 anos de pesquisadora e observadora do comportamento humano me ensinaram que as relações inter-pessoais são conduzidas, em boa parte, pelos “demônios e fantasmas mentais“, para usar a expressão de uma das minhas amigas e mestres de vida que tenho ao meu redor.
 
Acabei de fazer uma pergunta para esclarecer uma dúvida e recebi como resposta, na minha leitura claro, agressividade gratuita. Um simples questionamento vira um ponto de atrito. Hoje – ah! bendita maturidade – logo me pergunto o que eu toquei com as minhas palavras? Qual dor, ponto de atrito, ou demônio eu fiz acender? Difícil saber, mais ainda, quando a pessoa não é próxima mas é com essa heterogeneidade de pessoas, cada uma com seus temperamentos e demônios que lidamos no dia-a-dia, o dia inteiro.
 
Aprendi também que os demônios dos outros não nos pertencem e que tentar apaziguá-los muitas vezes significa ficar presso a eles. Especialmente quando a pessoa não trata de seus próprios demônios. Quando o inconsciente, que contém todos eles, não está iluminado. Nesse caso, como disse Carl Jung, “o inconsciente vira destino“.
 
A saída, é não se engatar. Deixar, literalmente, a pessoa brigar sozinha. Quando é uma pessoa próxima, há o desejo de mostrar, apontar para a pessoa se libertar dos seus demônios mas muitas vezes isso pode significar, sem querer, se engatar neles e, alimentá-los. 
 
Olhando agora para nós, quantas vezes, a atitude de alguém não acende em nos nossos demônios, especialmente de relacionamento, e voltamos contra essa pessoa cheia de pedras e desconfiança? Quantas vezes deixamos que nossos medos e traumas gerem nosso futuro?
 
É sobre isto que iremos falar nesta semana muito especial por ser início de um novo ciclo: equinócio de outono. Mabon, tempo de realizar. A energia deste momento me lembrou o Prãna Spa Ayurvédico da nossa amiga Marise Berg. As fotos são de lá.
 
Bom equinócio para todos.