Ao começar a escrever o texto da semana minha iniciativa foi refletir sobre os comentários que tenho recebido nos meus posts e como eles refletem o momento atual. Enquanto ia organizando os temas pensei o quanto, com os ânimos exaltados como estão, a maioria estaria disposta a compreender outro ponto de vista. Acredito que pouquíssimas pessoas. A cegueira coletiva, comum em momentos como este, chegou e se instalou.
Em dias tensos e densos como os que estamos vivendo nada melhor do que lembrar do amor e colocá-lo em modo ON. O amor é aquele sentimento que nos expande, nos exalta, nos ilumina. A paixão nos tira da terra. O amor nos deixa aqui, tocando o céu. Sabe aquele amor que você sente quando olha para o rosto do teu filho? O rosto do ser humano que você escolheu para trilhar a vida junto? Sabe aquele amor que você sente pelo seu animalzinho? Por aquele amigo de anos que só de olhar para ele, vem junto imagens de momentos que falam tanto de ti?
Quando o amor é sentido, trazido à consciência e deliberadamente deixado em estado ON, inevitavelmente surge um sorriso nos lábios. O olhar se tornar mais doce. Os ombros abaixam e a mente diminui sua aceleração. Com amor em estado ON, nossa capacidade de compreender o outro aumenta, nossa crítica ácida diminui. A raiva, que muitas vezes vem de um justo sentimento de indignação e injustiça, quando passada pelo Amor em modo ON, nos move para a ação sem que tenhamos que usar da agressão ou a prepotência.
Com Amor em modo ON conseguimos ver que, o que nos une é maior do que, o que nos separa. Quando se estuda valores e crenças, seguindo diversas fontes e caminhos de pensamento, é comum chegar num ponto em que se descobre que a grande maioria de nós, independente de lugar onde se coloque no espectro político e social, quer as mesmas coisas. E Amor é uma delas. Que tal contribuir com este momento social e colocar nosso Amor em modo ON?
Nany Bilate é pensadora intuitiva e pesquisadora. Seus estudos e textos são focados na transição de valores e crenças da nossa sociedade. E sua interferência nas identidades feminina e masculina contemporâneas.
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