Otimismo é uma das características de quem enxerga o lado bom das situações. Pode ser confundido com inocência, mas esta semana aprendi bem a diferença entre ambas.
Inocente é alguém que realmente não sabe, está no inconsciente. Já o otimista, sabe, entende as consequências e ainda assim, consegue enxergar algo bom em qualquer situação.
Voltaire escreveu um conto chamado Cândido ou O Otimismo (Candide, ou L’Optimisme) em que o personagem principal, no caso, o próprio Cândido, passo por uma infinidade de atrocidades e mesmo assim, consegue ser um otimista. Num diálogo um outro personagem pergunta a Cândido o que é otimismo e ele responde:
“É a mania de sustentar que tudo está bem quando tudo está mal”.
Adoro esta definição, mesmo com toda a ironia nela existente. Só alguém muito consciente do que se passa consigo mesmo e com tudo ao seu redor é capaz de entender com tanta lucidez o significado do otimismo assim, sem rodeios ou poesia.
Por outro lado, para um pessimista é quase impossível compreender tal afirmação, afinal, até o que é bom é ruim. Esta semana, por diversas vezes, percebi isso. Dizem que as pessoas muito inteligentes são pessimistas em potencial, pois enxergam com maior clareza a situação real e por isso mesmo, são mais céticos.
Pois eu não concordo com esta afirmação. Creio que enxergar os fatos com lucidez e ainda assim se manter otimista é a verdadeira inteligência. E mais uma vez estamos falando de um exercício contínuo para enxergar que tudo tem, no mínimo, dois lados e cabe a você decidir qual quer seguir.
No final do conto de Voltaire tem uma outra frase maravilhosa que diz assim: “Todos os acontecimentos estão devidamente encadeados no melhor dos mundos possíveis (…)”. É ou não é?
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