Durante um longo e prazeroso almoço o tema do racismo surgiu após discutirmos que o ambiente politicamente correto estava tornando tudo muito chato. Segundo alguns, havia um exagero. Não é a primeira vez que ouço esse tipo de comentário. Sim, acredito que em alguns casos possa haver exagero. E mesmo assim, considero que ele seja vital.
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Quando os primeiros Movimentos Humanos começaram a tomar forma nas minhas análises de pesquisa, fiquei entusiasmada com a possibilidade de observar novas formas sociais sendo criadas. Comecei a ver, por exemplo, como o homem ia tomando contato com sua sensibilidade, alterando seu aspiracional masculino. A esse processo e tudo o que isso implica, chamei do Movimento Humano O Homem Sensível. Vi também como o desejo de viver um amor romântico-companheiro que a mulher e o homem tinham, mesmo que nem sempre ousassem confessar, tinha se tornado uma realidade. Chamei essa forma de Movimento Humano A Volta do Amor.
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Entanto o mundo dava milhões de likes ao discurso enérgico de Oprah na premiação do Globo de Ouro perante uma plateia com mulheres vestidas de preto em referência ao movimento #MeToo; o cantor Seal levantou a questão do que chamou de hipocrisia hollywoodiana publicando uma foto da Oprah beijando o até então todo poderoso produtor Harvey Weinstein, acusado de predador sexual de Hollywood.
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O poder na relação homem e mulher vinha se transformando há anos e os casais que representavam a Sociedade Par tinham decidido viver diferente dos pais.
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A equidade, em qualquer tipo de relação, significa igual chance para o que se deseja. E chance, neste caso, está intimamente ligada ao tempo disponível para se dedicar à carreira.
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A coerência plena pode ser rígida demais para os períodos de transição em que experienciar novas formas se faz necessário, em que mudar a visão de mundo é parte da adaptação e sobrevivência para os novos tempos.
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Recorrente do ponto acima é a falta de visão de longevidade da empresa. O que mais noto são profissionais que mesmo com o discurso sobre o longo prazo, estão querendo é fechar o ano fiscal.
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Fiquei pensando sobre o novo aplicativo Sarahah que permite deixar mensagens anônimas nos nossos amigos e colegas de trabalho, estudo, etc. Pensei sobre o que meus amigos e outros nem tanto, me escreveriam. Pensei o porquê desse aplicativo ter sido criado. Não deveríamos, em grupos, desenvolver a confiança ao ponto de poder nos expressar sem tanto medo e pudor?
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Navegue, expanda, busque novos horizontes. Pratique, exercite a nova forma de viver e se relacionar que caracterizam esse admirável mundo novo. Não é fácil a mudança, então, precisamos começar. Só quem ficou dentro do castelo não percebeu que o mundo estava mudando.
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Todos estamos vivendo um momento de transição de valores e crenças há uns bons anos. Sabemos que as mudanças são profundas e estão levando a sociedade para caminhos pouco conhecidos e, o que é pior, que elas chegaram à nossa mesa de jantar. Compreendemos já que não tem como fugir. Muitos de nós temos estudado, lido, ouvido e discutido para se informar e entender melhor o que se está passando no mundo. A cada palestra assistida, a cada livro lido, a cada workshop participado, a experiência nos leva para a melhor compreensão daquilo que já sabemos. Vivemos reafirmando que precisamos mudar e não o fazemos. Por quê?
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Palavras para refletir
