É engraçado como as coisas, aos poucos, vão se encaixando e passam a fazer todo o sentido. Esta semana continuamos falando sobre a desestruturação em forma de “desmonte” especialmente para mulheres. Semana passada falamos sobre estilos de se vestir e o quanto isso expressa nossa essência e sobre o significado dos saltos altos. Mas o desmonte feminino, como um Movimento para uma nova era, vai muito além. Estamos falando de pessoas que passam a ser mais naturais e, por isso mesmo, mais espontâneas. Pessoas que valorizam a leveza no seu dia a dia e tentam realmente se divertir no percurso.
Atualmente estou participando de um projeto que envolve estruturar uma área de negócios e estamos num momento de definição do estilo que adotaremos. Hoje falávamos numa reunião sobre o ambiente físico que será estruturado para este projeto. Já faz algumas semanas venho pesquisando referências de ambientes ligados ao co-working, pois me parece o mais próximo do que queremos. Meus parceiros neste negócio concordam comigo. Estamos falando de um ambiente muito informal, natural, quase um home office. Um lugar onde a gente possa trabalhar, mas se sinta realmente a vontade. Não tenho como não associar este nosso desejo ao desmonte mostrado no Projeto Uno.
Saio desta reunião e recebo um email do trendwatching – uma espécie de HUB com tendências, insights e inovações de consumidores, pessoas e empresas. A mensagem vinha com um link para baixar um novo estudo chamado de “post demographic consumerism” – algo “pós-demográfico consumismo”. Em poucas palavras eles dizem, e demonstram por meio de exemplo, um mundo atual com pessoas que eles chamaram de “new normal” (novos normais). Vão de inclusão racial, novos tipos de casais, famílias com pais separados e com novos parceiros e com todos os filhos convivendo juntos e por aí vai. Eles falam também sobre empresas e marcas que já entenderam que cada vez mais as fronteiras entre as pessoas vão deixar de ser tão “pré” estabelecidas.
Marcas como a japonesa UNIQLO que faz roupas confortáveis de alta tecnologia e que se posicionam da seguinte forma:
Uniqlo é para todos. Não importa quem você é ou onde vive. Uniqlo faz roupas que transcendem todas as categorias e grupos sociais.
Posso falar que eu adoro a Uniqlo. Meu filho também adora. Minha cunhada, que mora na China e é VP de uma empresa de enzimas dinamarquesa também adora. Minhas amigas amam e todas as pessoas que eu conheço, e que sabem do que se trata, adoram. O que quero dizer é que realmente eles entregam o que dizem ser.
Mas o melhor de todos os exemplos a respeito deste assunto e que me fazem pensar como tudo realmente se movimenta com fluidez, vem de uma marca luxuosa e conceituada: a Channel. Se você é telespectador de TV a cabo – ou fã da Gisele Bundchen, já deve ter visto o comercial da marca francesa que está no ar. Nele a super modelo interpreta “quase” que ela mesmo, mas surpreende porque todo o luxo, marca registrada da Channel, vem acompanhada de uma história bem mais real do que os fantasiosos filmes de marcas como esta. O enredo mostra uma mulher poderosa, que trabalha muito, mas que também ama, tem seus dilemas, sua vida. Claro que o luxo está presente, mas cá entre nós, é a primeira vez que um roteiro dessa categoria faz sentido. Ao menos para mim. Para quem não viu, segue abaixo o filme. Vale a pena ver.
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