Coincidência ou não (acredito mais em sincronicidade) no sábado passado eu almocei com duas amigas e assunto principal do almoço foi em torno do assunto que fecha o texto de ontem da Nany: “por que atraímos sempre um mesmo tipo de pessoa”?
Este era o questionamento de uma das minhas amigas e, apesar da intimidade que temos, ela não é daquelas que vive reclamando da vida e dos relacionamentos. Até me surpreendi com o desabafo! Fazia tempo que não nos víamos e a última vez que falamos ela estava namorando com um homem que, no passado, ela já havia se relacionado. Eles se reencontraram meses atrás e tudo estava indo muito bem. Quando perguntei como estava a vida a dois e ela me disse que terminaria com ele naquela noite. Tinha cansado de ser “invisível”, ou seja, a sensação é que ela não existia na relação. Tentei argumentar achando que era uma daquelas brigas normais de casais, mas estava enganada. Ela estava inconformada com o egoísmo e a incapacidade do outro de se colocar no seu lugar. E repetiu diversas vezes a frase: eu não sou uma mulher invisível e eu não vou me anular pelo outro. Ela está certa!
Ao mesmo tempo ela se perguntava: “por que não sou capaz de encontrar uma pessoa normal? Que viva de bem com a vida?” Passei o fim de semana me perguntando isso. Ela é realmente uma das pessoas mais de bem com a vida que eu conheço. Nunca a vi de mau humor. Já viajei com ela, dividi o quarto do hotel (que é, para mim, uma das coisas mais complicadas que existe ao em termos de relacionamento e ela foi perfeita). Sempre levando tudo na esportiva, aceitando sugestões, muito fácil de lidar. Além disso é independente, tranquila, descolada, bonita. Tem a invejável segurança de ir para as baladas sozinhas, se divertir, pelo simples prazer da diversão. Além disso, nunca a vi falando mal de ninguém, julgando, condenando. Mas também nunca a vi falando de si mesma. Quais são realmente seus desejos, ansiedades?
Analisando o tema da semana parece que comecei a compreender o que estava acontecendo com minha amiga: as qualidades dela podem também ser a chave para o que não está saindo tão bem. O que ela realmente deseja de uma relação? O quanto fica claro ao outro que ele está sendo amado, desejado, fazendo parte do relacionamento? Parece estranho porque realmente conheço poucas pessoas tão fáceis de se relacionar como ela, mas o fácil também é cômodo. Dificilmente te coloca a prova, te desafia. Pode ficar sem voz, sem cara, sem sentido.
A parte boa – eu sempre procuro ver através das minhas lentes cor de rosa – é que sábado, pela primeira vez, vi uma certa indignação, um tom de “não estou tão feliz assim com o que está me acontecendo”. Vi minha amiga saindo do seu próprio casulo e gostei de ver aquela mulher, que tanto admiro, se mostrando tão mais na sua própria essência. Me vi ali também. Porque eu tenho um certa tendência a ser como ela: nos fechamos e mostramos ao mundo algo encantado, irreal. Bom saber que a maturidade tem trazido o nosso humano para fora, pois é a nossa chance de vivermos relações verdadeiras e não um “faz de conta” que não existe.
Este era o questionamento de uma das minhas amigas e, apesar da intimidade que temos, ela não é daquelas que vive reclamando da vida e dos relacionamentos. Até me surpreendi com o desabafo! Fazia tempo que não nos víamos e a última vez que falamos ela estava namorando com um homem que, no passado, ela já havia se relacionado. Eles se reencontraram meses atrás e tudo estava indo muito bem. Quando perguntei como estava a vida a dois e ela me disse que terminaria com ele naquela noite. Tinha cansado de ser “invisível”, ou seja, a sensação é que ela não existia na relação. Tentei argumentar achando que era uma daquelas brigas normais de casais, mas estava enganada. Ela estava inconformada com o egoísmo e a incapacidade do outro de se colocar no seu lugar. E repetiu diversas vezes a frase: eu não sou uma mulher invisível e eu não vou me anular pelo outro. Ela está certa!
Ao mesmo tempo ela se perguntava: “por que não sou capaz de encontrar uma pessoa normal? Que viva de bem com a vida?” Passei o fim de semana me perguntando isso. Ela é realmente uma das pessoas mais de bem com a vida que eu conheço. Nunca a vi de mau humor. Já viajei com ela, dividi o quarto do hotel (que é, para mim, uma das coisas mais complicadas que existe ao em termos de relacionamento e ela foi perfeita). Sempre levando tudo na esportiva, aceitando sugestões, muito fácil de lidar. Além disso é independente, tranquila, descolada, bonita. Tem a invejável segurança de ir para as baladas sozinhas, se divertir, pelo simples prazer da diversão. Além disso, nunca a vi falando mal de ninguém, julgando, condenando. Mas também nunca a vi falando de si mesma. Quais são realmente seus desejos, ansiedades?
Analisando o tema da semana parece que comecei a compreender o que estava acontecendo com minha amiga: as qualidades dela podem também ser a chave para o que não está saindo tão bem. O que ela realmente deseja de uma relação? O quanto fica claro ao outro que ele está sendo amado, desejado, fazendo parte do relacionamento? Parece estranho porque realmente conheço poucas pessoas tão fáceis de se relacionar como ela, mas o fácil também é cômodo. Dificilmente te coloca a prova, te desafia. Pode ficar sem voz, sem cara, sem sentido.
A parte boa – eu sempre procuro ver através das minhas lentes cor de rosa – é que sábado, pela primeira vez, vi uma certa indignação, um tom de “não estou tão feliz assim com o que está me acontecendo”. Vi minha amiga saindo do seu próprio casulo e gostei de ver aquela mulher, que tanto admiro, se mostrando tão mais na sua própria essência. Me vi ali também. Porque eu tenho um certa tendência a ser como ela: nos fechamos e mostramos ao mundo algo encantado, irreal. Bom saber que a maturidade tem trazido o nosso humano para fora, pois é a nossa chance de vivermos relações verdadeiras e não um “faz de conta” que não existe.
0 Comments
Leave A Comment