Na semana passada íamos falar sobre a resistência dos homens às mudanças. A escolha era uma resposta à quantidade de comentários e contribuições que tivemos quando falei sobre esse assunto no meu timeline do facebook; mas eis que o destino agiu novamente: eu não consegui abrir o tema da semana como tenho feito toda segunda-feira. Tentei dar uma de superwoman e realizar mais essa tarefa sem sucesso quando a Isabela, delicadamente, me cobrou o texto e o tema. Nesse momento decidi que não ia controlar tudo e disse: abra você a semana, o tema é livre. 

Assim o tema mudanças tomou conta da semana graças ao movimento que a própria Isabela está vivendo. O comentário de uma amiga me lembrou o post que tinha feito final do ano passado sobre a energia que reinaria neste ano de 2013: ano da serpente. Veio com isso a necessidade de falar sobre a Coragem para ancorar a mudança que queremos fazer. Desta forma orgânica o tema mudança se instalou e o blog cumpriu sua missão de informar e chamar às pessoas a refletir sobre seu momento de vida.

Creio muito neste fluxo energético. Na realidade me treinei para acreditar. Para não querer controlar tudo, planejar demais. Tudo em excesso, acredito, é destrutivo. A falta de planejamento gera desperdício e perda de foco. O excesso corta o fluxo natural da vida que é mais próspero do que a nossa mente é capaz de pensar e imaginar. Me considero persistente e decidida. Trabalho bastante e gosto disso. Mas o treino no Sentir, me ajudou a saber identificar o momento exato que devo parar de insistir em algo. O momento em que devo me abrir para o novo, para o não planejado. E tal qual o waze, recalcular a nova rota. Nesse momento uso a mente, o intelecto, para tirar o maior partido do momento com as novas configurações. E vou levando a vida, me abrindo para o novo, recalculando rota, me abrindo para o novo, recalculando rota. Não sofro com as metas de curto prazo não alcançadas quando a nova rota continua me levando para meu destino maior. Hoje eu sei que nesse novo caminho surpresas virão que tornarão a minha viagem mais rica e interessante.

Nunca surfei mas creio que o surfista deve fazer isto com maestria. Ele não decide como o mar estará mas sim como fazer o seu melhor com o mar que está ali. E num momento mágico ele é também mar, também onda, somando forças, fazendo um balé lindo e glorioso. Para construir essa harmonia é preciso antes de mais nada, Sentir. Sentir-se. Interiorizar. Depois estar atento ao todo, aos sinais. É estar onde se está, o famoso estado Zen. Sair do automático.  

Como disse o professor de Yoga no final de semana: “yoga não é performance, é atenção na ação“. Fique atento a você e ao mundo que não para de enviar sinais. 

Boa semana!