De ontem para hoje fiquei me questionando: existe uma fórmula para ser simples? A pessoa nasce simples ou ela se torna simples? Ou pior ainda: a gente nasce simples e complica conforme vai crescendo?
O que sinto, apesar de não saber responder completamente aos questionamentos que eu mesma fiz, é que simplicidade é um estado de espírito. É fluidez, consciência e coração aberto.
Deepak Chopra, no seu livro As Setes Leis Espirituais do Sucesso fala de uma certa lei do “mínimo esforço” ou da não resistência. Me parece ser esta uma boa forma de “treinar” a simplicidade em nossas vidas. Para ele, esta lei é formada de três princípios: aceitação, responsabilidade e indefensibilidade.
Na aceitação o exercício é de não lutar contra o momento que você está passando, e portanto, contra o universo. Isso significa colocar todo o seu coração para aceitar as coisas como elas são e não como você gostaria que fosse.
A responsabilidade é a respeito da situação em que você se encontra: você é completamente responsável por ela. Ninguém é culpado, nem você mesmo. Não existe culpa na responsabilidade existe total entrega para assumir o que está sentindo e, desta forma, mudar o que sente.
E por fim, a indefensibilidade: desarmar seu espírito abrindo mão da necessidade de convencer e persuadir os outros a respeito do seu ponto de vista.
Só de ler os três princípios eu já sinto uma sensação de alívio e paz. Imagina se colocarmos, efetivamente, em prática esta lei! A verdade é que nós gastamos muita energia, justamente fazendo o contrário: vivemos lutando contra o que estamos passando, sempre encontramos um culpado para tudo (principalmente culpamos a nós mesmos) e, finalmente, queremos ter razão o tempo todo. Com toda esta energia desperdiçada, complicando tudo, como é que podemos fluir?
No livro a Arte de Sonhar, Don Juan diz a Carlos Castañeda: uma grande quantidade de energia é usada para sustentar a nossa empáfia…Se conseguíssemos perder um pouco dessa empáfia, dois fatos extraordinários aconteceriam: liberaríamos essa energia que tenta preservar a noção ilusório de nossa grandeza e teríamos energia sobrando para vislumbrar a verdadeira grandeza do universo.
Parece difícil? Pois saiba que basta você estar consciente da forma como luta contra o momento, busca culpados para a situação e não se entrega ao ponto de vista do outro, sem querer convencê-lo do seu próprio. Pelo benefício que essas atitudes nos trarão, vale a pena tentar!
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