Reviver a experiência de perder a mãe, devido ao falecimento da minha sogra, tem motivado minha reflexão, e a todos aqui…
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Desde março fizemos parte do grupo que fez e pode fazer a sua parte e se isolou. A partir do nosso lar que nos acolheu e aconchegou, acompanhamos atentamente as informações daquilo que seria nossa primeira – e provavelmente não a última – pandemia de nossas vidas. Os meses foram passando e conseguimos, junto com o mundo inteiro, ir descobrindo aos poucos o que era uma pandemia in loco, o que o coronavírus representava e como era a melhor maneira de evitá-lo.
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Num típico domingo londrino de outono conversávamos com um amigo quando a família real surgiu tão naturalmente quanto é falar do tempo nessa cidade. A mais importante e conhecida monarquia mundial veio, primeiro, através da discussão do conceito de propriedade sobre os imóveis que a Inglaterra tem – tinha descoberto no dia anterior, que na prática, quem compra um imóvel na Inglaterra não é dono final do terreno ou da “terra” na qual o imóvel está construído –, e como, no fim de contas, todas as terras pertencem à rainha, seus familiares e, se entendi bem, a algumas poucas famílias aristocráticas. Não sabia que quando falávamos “estamos na terra da rainha”, estávamos sendo tão literais assim.
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Montanha russa de emoções e sentimentos e fica a pergunta: será que iremos nos acostumando a estes tempos dicotômicos ou talvez multicotômicos que nos impõem escolhas que talvez não queiramos assumir. Diversos e plurais como a humanidade sempre foi – apesar dos que arquitetaram, bem sucedidamente devemos concordar – esconder.
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O caso do jogador de futebol Robinho, condenado em novembro de 2017 na Itália por estupro coletivo, sentença à qual recorreu o que justifica que esteja em liberdade, trouxe, além do próprio horror que representa um ato de violência sexual contra mulheres ou qualquer ser humano, a imagem do ainda persistente machismo que culpa “as feministas” – e a imprensa – pela pressão que sofre da opinião pública.
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Desde que decidimos que devíamos ser felizes enquanto estivéssemos vivos, abrimos a porta para a ansiedade entrar, retumbante, na nossa vida. Alguns podem me perguntar: como assim? Existe a possibilidade de não querer ser feliz? Sim existe. Ou melhor, existia. Nossos avós e bisavós, com raríssimas exceções, não tinham o sonho da felicidade como meta de vida da forma como nós a temos. Eles queriam, no máximo, uma vida confortável e estável.
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Dizem que o cuidar é do feminino, desculpem, não concordo. Concordo mais com a ideia de que isso é uma convenção cultural, mas, este texto não pretende discutir esse assunto, portanto, vamos junto com a maré: se cuidar é do feminino e empresa ou corporação são substantivos femininos, que tal cumprir essa convenção social?
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2020 será um ano para ser lembrado por nós e pela história. O ano em que o mundo parou o seu ritmo alucinante em direção a um destino que nem sabíamos ao certo qual era, e mesmo assim, conduzia a nossa vida. Um ano em que vimos o melhor e o pior de nós emergir ao nosso lado; os “maus” que ambicionam um mundo bem distante do que nós desejamos não são mais aqueles que estão do lado de lá, e sim alguém próximo da nossa família.
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Talvez uma das sensações que temos de que o mundo esteja terrivelmente ruim e os valores humanos corrompidos a um nível nunca vistos, deva-se a que, diferentemente das décadas de 60 e 70, a nossa ingenuidade sobre quem somos como sociedade, tenha diminuído.
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As mulheres têm aprendido sobre sua sexualidade nas duas últimas décadas mais do que em todo o século anterior e isso se deve à informação disponível. A informação pode ser correta, errada, parcial, mesmo assim essas possibilidades trazem um lado benéfico quando analisamos que, em termos de conhecimento, o tema precisa ser discutido. E para ser discutido, o tema precisa estar na mesa do bar, do jantar, no papo com as amigas…. Com a discussão, e a reflexão que costuma vir junto, a informação se transforma
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