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18 Ago 2020Qual é o mundo em que você vive?


Passei uns dias na praia desconectada de notícias e das redes sociais; uma pequena pausa da hiper conectividade em que tenho estado nos últimos meses devido a pandemia da Covid-19. Ficar longe do que me conectava com o mundo fez que vivesse em outro ritmo. O ritmo das conversas sem intenção. Do acordar quando o desejo de caminhar vencia o desejo de cochilar. Do sonhar com areia do mar e logo depois pisar nela com os pés livres e soltos. Dos risos soltos, do sono relaxado e da leveza de se preocupar com coisas bobas. Dias oferecidos a minha alma, para ela pacificar.

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26 Mai 2020A situação do Brasil e nossa escolha política


Venho refletindo bastante sobre um tema que desejo compartilhar com vocês: minha visão sobre o momento político do país. Quem me acompanha nos textos do blog deve ter reparado que uma das diretrizes é não falar diretamente em política. Tenho dois motivos principais que fundamentam essa decisão: o primeiro se baseia na compreensão que a política é um sistema bastante complexo que a maioria desconhece, independente do grau de instrução. Vira, em muitos casos, uma discussão embasada em suposições sem grandes fundamentos. Como há pessoas realmente entendidas em política que usam essas discussões para esclarecer conceitos e ideias, minha posição é mais de ouvinte e de aprendiz. Vale esclarecer que não considero as discussões ruins, por mais superficiais que elas possam ser. Pelo contrário, creio que é mais uma forma de conhecer sobre política e de compreender a relevância de nosso papel como eleitores – mesmo os que optam por não votar.

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08 Mai 2020Sororidade é possível no dia a dia das organizações?


A resposta é sim. A sororidade vem acontecendo há tempos – muito antes dessa palavra se tornar conhecida – e tem se consolidado, especialmente, no âmbito pessoal. Lógico que com a desigualdade social e cultural gritante do Brasil, existem grupos que oferecem resistência ou nem sabem o que significa. Mesmo assim, acredito que nada poderá impedir o avanço da sororidade na nossa sociedade nessa década. O volume de mulheres que compreendeu que é possível haver amizade profunda, lealdade e suporte emocional entre elas, afasta as velhas ideias sobre os traços de comportamento feminino – tais como “mulher inveja mulher” ou “homem trai por culpa da mulher”– que induzem à crença da rivalidade feminina como algo “natural” e inevitável. As mulheres – e homens – vêm entendendo que esses comportamentos estão mais conectados ao caráter humano do que ao gênero.

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05 Mai 2020Ele não cumpre as promessas de melhoria na relação. Desistimos ou insistimos?


Há tempos acompanho como as mulheres – e os homens – vêm se sentido. Em 2010 as mulheres estavam numa contradição: por um lado carregavam o discurso de autossuficiência e poderosas, embaladas pela mídia e pelo discurso feminista que se tornava mais atuante. Por outro lado, sentiam-se tristes e raivosas pela perspectiva de não conseguirem um companheiro em quem pudessem confiar e se entregar. Sentiam que se fortalecendo como mulheres e colocando novos limites de respeito, havia grandes chances de ficarem sozinhas.

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07 Abr 2020O primeiro ano do resto das nossas vidas


Copiei o título do meu texto de um filme de 1985 que me marcou bastante. O copiei porque considero que estejamos vivendo mundialmente o início de um novo ciclo. Em janeiro deste ano enquanto viajava pela Índia fui refletindo sobre como um país tão autêntico e singular ao ponto de ser extremamente característico, podia, ao mesmo tempo, apresentar tantos contrastes. Por um lado, tanta riqueza cultural e por outro, tanta miséria. Tanta sabedoria e ao mesmo tempo, tanta falta de infraestrutura. Tanta amorosidade, delicadeza e doçura e tanta agressividade contra às mulheres e crianças. Tanta tecnologia e ao mesmo tempo, tanta precariedade. Lembro que num dos textos que escrevi sobre minha experiência, disse que a Índia tinha o mundo todo nela. Conhecer a Índia, de certa forma, é conhecer o mundo que criamos, só que sem disfarces. Sem periferias afastadas para que possamos fingir que elas nã

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31 Mar 2020O valor do trabalho que transmitimos aos nossos filhos


Logo no início do avanço da Covid-19 em São Paulo, dispensamos nosso braço direito e funcionária do nosso lar para evitar expô-la e nos expor desnecessariamente. Isso fez com que iniciássemos uma rotina – ou pelo menos começássemos a criá-la – de organização e limpeza para evitar acúmulos e sujeiras. Ao mesmo tempo, decidi que iria organizar armários e arquivos. Fazer uma bela limpeza, jogar fora papéis e objetos que não tivessem mais valor. A final, teria mais tempo livre.  Ledo engano. Estou trabalhando mais do que antes e meus dias andam bem cheios e cansativos. O que me fez pensar em minha própria atitude perante o meu lar.

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27 Mar 2020O receio das executivas de ser vistas como feministas


Quando converso sobre feminismo com executivas fica nítido para mim o incômodo que causa esse conceito. Vejo que para a maioria existe o desejo de não ser associada a ele especialmente dentro da organização na qual trabalha. Ser vista como feminista é como se escolhesse colocar um chapéu que tenha escrito: problema. E, provavelmente, ela tenha razão.

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05 Mar 2020É hora de ter coragem!


Quando mais vejo os noticiários mais entendo que é hora da coragem. No último ano quando assisti pasma, machistas se reassumirem por considerarem que o ambiente estava propício para tirarem suas máscaras corporativas de “politicamente corretos”; pensei que tínhamos perdido a luta a favor da equidade de gênero entre mulheres e homens.

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28 Fev 2020A dificuldade em dizer “chega”


Quando ouço mulheres executivas dizerem que nunca perceberam comportamentos machistas em relação a elas no ambiente de trabalho, penso no longo caminho que ainda temos para recorrer contra o machismo. 

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13 Fev 2020A mulher na liderança e o medo de perder a feminilidade


Como escrevi no texto anterior, o mundo corporativo foi formatado por valores masculinos, brancos e heterossexuais. Assim como todo o sistema de poder que atua na nossa sociedade. Um sistema começa a ser questionado e entra em colapso à medida que a moral reinante vai se modificando. Foi a mudança de moral em relação ao papel das mulheres na sociedade que abriu as portas para elas se expandirem no mundo corporativo – com muita luta, devemos admitir. É claro para todos que elas vêm crescendo, especialmente nos últimos cinco anos, tanto horizontal como verticalmente nesse ambiente.

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