Aprendi a gostar de filmes e desenhos animados da Disney com meu marido. O fato de ter aprendido a gostar mais deles como adulta, me faz vê-los com um olhar de pesquisadora e analisar as mensagens que eles transmitem para nós. Um dos contos de fadas que gostei de ver na grande telona e no palco como musical, A Bela e a Fera, é meu tema de reflexão neste texto. Para mim esse conto de fadas representa o que vejo bastante nas minhas pesquisas: a crença que cabe às mulheres a tarefa de transformar o monstro em um lindo e amoroso príncipe.
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Quando era adolescente uma mulher e homem de cinquenta anos eram velhos. Assim de simples. Se vestiam como velhos. Agiam como velhos já que se esperava deles esse tipo de comportamento. Ser velho era ter maturidade e maturidade tinha a ver, naquela época, com sobriedade, seriedade e, pelo menos no meu país ,o Peru, certa sisudez. A meta era ser um velho correto, aceito pela sociedade.
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Ao ler o comentário de um leitor no meu texto Homens Irresponsáveis e o Machismo pensei em como a equidade de gênero traz, para um bom número de pessoas, o medo do homem deixar de ser homem (e, logicamente, a mulher deixar de ser mulher). O comentário, que devo dizer achei confuso ao misturar temas e conceitos sem conectá-los claramente, representa, de certa forma, o receio que a equidade de gênero signifique perda de identidade. Não é à toa que o raciocínio, do comentário, seja confuso.
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Amor. Todos queremos, todos sonhamos. Muito mais em ser amados do que em amar. Amor tem a ver com entrega. Amor tem a ver com responsabilidade. O amor é uma energia que se retroalimenta com o exercício de amar. Quanto mais amamos, mas sentimos o amor dentro de nós. Ser amados acalenta a alma.
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O mês passado falei sobre a dificuldade em viver uma nova fase do casal: o Ninho Vazio. Diversos comentários que recebi, me levaram a pensar o quanto é uma fase difícil. Junta as mudanças da faixa etária –mulheres entrando no climatério –, novo momento do casal, transformação de ciclo profissional… Tempo de transformações intensas especialmente para quem se dedicou quase que integralmente para a família.
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Conversando com um amigo que acabou um casamento de dezesseis anos, pergunte há quanto tempo estava indo mal a relação. A resposta me chamou a atenção: “A relação ia mal. Só que a gente se acostuma e nem sequer se dá conta de que está ruim”. A fala do meu amigo me tocou profundamente numa semana que venho refletindo sobre nossa participação cívica (veja meu último post, “O Silêncio do Cidadão do Bem”). Me fez pensar no quanto a gente se acostuma com as coisas, sem questionar se estão certas ou erradas, se são boas ou ruins, ou, se poderiam ser melhores.
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Hoje, meu caro e cara leitora, talvez meu texto não te agrade. Escrevi pensando em você que é um dos meus dez mil leitores mensais com quem tenho o prazer de compartilhar reflexões. Pensando no estilo de vida e pensamento que provavelmente compartilhamos por estarmos inseridos na mesma bolha social. Talvez você não queira ler até o fim. Mesmo assim, vou seguir o meu coração e escrever guiado por ele. Minhas palavras falam sobre algo que vem me incomodando profundamente: o silêncio e apatia dos bonzinhos e corretos. Vivemos num país pleno de injustiças sociais. A injustiça social existe provavelmente, desde tempos remotos e não são produtos exclusivos da nossa sociedade atual. O que é produto de nossa sociedade atual é sua manutenção e seu aprofundamento.
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Comentando com uns amigos sobre a última viagem em família que acabamos de realizar, ouvi o comentário: “viagem em família sempre acaba mal”. Creio que essa afirmação faz sentido por alguns motivos: em toda família há mágoas e ressentimentos. Sentimentos gerados, na grande maioria das vezes, pela expectativa de ações que esperamos que os outros façam. Acredito que há muita fantasia – o que considero bom – e ilusão – o que considero ruim – ao redor do significado de família na nossa sociedade.
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Acabei de voltar de mais uma viagem ao meu país, Peru. Voltei aos Andres peruanos, desta vez, com a família: meu marido, meus dois enteados e o companheiro de um deles. Resolvemos nos focar na região de Cusco e Machu Picchu, por ser a que melhor sintetiza a força do Império dos Quéchuas, hoje conhecidos como Incas. Um erro de denominação que carregamos até hoje – Inca era só o rei, como o Faraó era para os egípcios – e que será difícil de alterar dada a abrangência mundial que esse nome obteve.
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Duas semanas atrás meu marido e eu almoçamos com um casal amigos nossos. Eles nos contaram como a vida tinha ficado melhor após terem conseguido uma babá para a filha de dois anos de idade. Lembro que num determinado momento do almoço, o marido comentou meio brincadeira, meio verdade, que iria tudo embora mesmo a babá. Quando minha amiga me ligou dias atrás, me pedindo indicação de uma nova babá, logo estranhei. O motivo que me disse, era que a babá estava usufruindo de partes da casa e produtos da casa, que consideravam privados e até íntimos, sem autorização. Enquanto a ouvia pensava como esse tipo de situação iria se tornar cada vez mais comum. E quanto, todos, tínhamos a aprender sobre as novas relações sociais.
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