No domingo de Páscoa com o mundo silencioso em função a pandemia da Covid-19, fiquei emotiva. Assisti compenetrada ao concerto do tenor Andrea Bocelli feita na Catedral Duomo em Milão. E pensei. Pensei em todas as famílias separadas por conta do isolamento que não puderam se abraçar nem compartilhar a festa dos ovos de Páscoa. Pensei nas mortes que assolam famílias pelo mundo inteiro. Pensei em famílias que ficaram com o corpo inerte de seu ente querido por dias, até as autoridades poderem ir buscar, dada o volume de mortos. Pensei na imagem que vi do Equador, com as pessoas deixando os corpos na rua porque não há serviço de retirada. Pensei na vala comum que foi criada próximo a Nova York. Pensei nos vulneráveis que nem comida têm, imagina ter sabão e álcool gel. Pensei nos profissionais que estão de cara com a doença todo dia se expondo e expondo suas famílias pelo bem da sociedade. Pensei, meditei e orei. Foi aí que que fiz algo que faço desde pequena quando a situação me dói muito: vou para um futuro imaginário. Intencionando que se torne verdade.
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Aprendi que o ritmo interno conduz nossa forma de agir no mundo e transforma conceitos gerais em pessoais fazendo com que tenhamos um jeito de ser e agir no mundo.
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Palavras para refletir
