A resposta é sim. A sororidade vem acontecendo há tempos – muito antes dessa palavra se tornar conhecida – e tem se consolidado, especialmente, no âmbito pessoal. Lógico que com a desigualdade social e cultural gritante do Brasil, existem grupos que oferecem resistência ou nem sabem o que significa. Mesmo assim, acredito que nada poderá impedir o avanço da sororidade na nossa sociedade nessa década. O volume de mulheres que compreendeu que é possível haver amizade profunda, lealdade e suporte emocional entre elas, afasta as velhas ideias sobre os traços de comportamento feminino – tais como “mulher inveja mulher” ou “homem trai por culpa da mulher”– que induzem à crença da rivalidade feminina como algo “natural” e inevitável. As mulheres – e homens – vêm entendendo que esses comportamentos estão mais conectados ao caráter humano do que ao gênero.
Leia maisCresci sendo alimentada pela crença que mulheres não podiam ser amigas umas das outras. Era uma época que a identidade feminina – assim como a masculina – era construída quase exclusivamente a partir da diferenciação com o outro sexo; o que contribuía a criar um ambiente competitivo nas relações.
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