Nesta quinta-feira, 16 a minha querida Andréa Biscker e eu iremos inaugurar a série de Confrarias de 2017 da Rede de Repensadores com um tema que está em nós e ao nosso redor: a transição. Todos estamos em movimento, mesmo aqueles que o fazem sem vontade própria; estamos numa época social na qual ou você se mexe porque segue o desejo de tua alma, ou alguém mexe você a força. Não tem como ficar no mesmo lugar, da mesma forma. Podemos resistir, podemos lutar, podemos ter ganhos temporais que nos façam ter a ilusão que a mesma ordem reinante do passado irá voltar a se instalar mas, lamento informar, essa realidade morreu.
Porque ela morreu? principalmente porque o modelo de mundo que esta morrendo não é mais associada à felicidade. Simples assim. O guia condutor da sociedade atual – e isso é novo, socialmente falando – é a felicidade. Em algum momento de nosso caminhar começamos a dar importância à abstração do que é ser feliz. Viver tem sentido na medida que somos felizes. Alguns poucos dirão que está no ter; outros mais filosóficos e espiritualistas dirão que está no ser; outros mais altruístas dirão que está em seguir seu propósito de vida… independente de qual crença os guiar, o ser feliz parece fazer parte dos objetivos de toda pessoa que reflete sobre sua vida.
Antes era fácil definir nosso futuro. Podíamos não concretizá-lo mas o futuro tinha poucas variações, os caminhos eram claros. Hoje nesta época de transição, entre um mundo que ainda persiste, no qual, normalmente ganhamos nosso pão de cada dia, e o mundo que nossa alma almeja mas que ainda não está totalmente diagramado e formatado, estamos nós, tendo que decidir para onde ir. Não é nada fácil porque ter um mundo amplo, cheio de possibilidades na nossa frente pareceria perfeito se o medo de decidir errado não nos invadisse. O medo de colocar em risco aquilo que construímos. De levar ao fracasso também os seres que tanto amamos. Queremos tanta liberdade mas ao mesmo tempo queremos tanta segurança…
Nesse caminhar não há caminho certo ou errado. Existe seguir aquilo que tua alma quer, que te faz de verás feliz. Difícil? Uma das coisas que mais me parecem certas é o autoconhecimento. Através dele limpamos aquilo que nos foi imposto e não nos serve mais. Através dele costumamos sair da ilusão de quem somos (e por consequência do que acreditamos que nos faz feliz) e partimos para nós enxergar o mais próximo da realidade que nosso ego permitir. Neste momento de abertura e de transição a nossa âncora, nosso eixo e nossa segurança está no reconhecimento de quem somos. A partir desse ponto podemos olhar para esse horizonte amplo e fazer escolhas que façam sentido ao nosso coração. E isso não seria algo próximo da felicidade que tanto almejamos?
É sobre este momento de transição que os Movimentos Humanos, tema deste blog, trata. Não de caminhos formatados e definidos, mas de possibilidades, de sentimentos e da transição de valores e crenças sociais, embasados nos estudos da behavior, que estão delineando uma Nova Era. Ajudar você com sua reflexão para decisões melhor sentidas é nosso propósito.
* A 1a Confraria dos Repensadores de 2017 comigo e Andrea acontecerá dia 16/02/17 as 19h30 na sede da Repense (Rua Rodesia, 266). Entrada gratuita mas com vagas limitadas. Ao pessoal de fora de São Paulo, a Confraria será transmitida ao vivo pela página dos Repensadores no FB.
Nany Bilate é pensadora intuitiva e pesquisadora. Seus estudos e textos são focados na transição de valores e crenças da nossa sociedade. E sua interferência nas identidades feminina e masculina contemporâneas.
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